sábado, 26 de fevereiro de 2011

OSCAR NON NOMINATIONS . I'M STILL HERE


E o que dizer disto? Obra prima? Rasgo de génio? Lixo? Não faço ideia? Será com toda a certeza um desafio. Vamos a isto então.

Ao ver o documentário penso que 90% das pessoas que o viram acharam que é estúpido. Mas lá está, do outro lado da barricada estarão 10%, onde eu desde já me incluo, que acharão que o documentário é brilhante. Agora como explicar isto? Não sei. Num documentário onde há prostituição e sexo, consumo de drogas leves e pesadas em série e pessoas a defecar na cabeça de outras, como posso eu estar para aqui a dizer que isto é brilhante? Por um simples motivo, porque no final era tudo ficção. Joaquim Phoenix abdicou de dois anos para engordar, deixar crescer a barba, consumir drogas e filmar um documentário, se isto não é das melhores performances de sempre não sei o que será. Okay, okay, resta sempre saber se de facto era ficção ou não, porque ainda há muitas dúvidas. Principalmente porque o documentário pode não ter surgido da ideia mas sim a ideia a partir do que se estava a passar. O que é certo é que o documentário de Casey Affleck I'm Still Here já está cá fora. Se foi de facto escrito e realizado como se diz, então tem obrigatóriamente que ser um papelão. Sempre gostei bastante de JP e sempre me custou muito a acreditar, quando aqui há dois anos metemos JP e David Letterman naquele muito conhecido video, que fosse verdade, nunca tive a certeza de nada, mas custava-me a acreditar. Mas de um grande actor há que esperar absolutamente tudo e afinal de contas o homem fez Walk The Line como ninguém faria. É de facto muito complicado falar do filme, chega-se a um momento em que a resistência a desligar o mesmo será quase nula mas com o decorrer da acção tudo começa a entrar nos eixos terminando em sintonia perfeita com o que, em minha opinião, os produtores pretendiam, simular a vida de um actor desesperado por se encontrar a ele mesmo, uma pessoa perdida, uma criança em tamanho de adulto. Por ser, muito provavelmente, a encarnação mais bruta de sempre num personagem  este é um documentário altamente recomendável.

Para terminar dizer que Joaquim Phoenix está de regresso aos castings, tendo sido relegado para segundo plano por Benjamin Walker para o papel de Abraham Lincoln em Abraham Lincoln: Vampire Hunter. Ainda assim foi-lhe oferecido um papel secundário no mesmo filme, que ainda está por aceitar por parte de JP.

Trailer

2 comentários:

Dores disse...

Se isto for um "papel" então e' preciso criar algo acima do Oscar...

Ped Zimmerman disse...

Aí é que está. E se ainda não viste vê. Vê-lo a sair do Letterman e completamente desesperado... Epá eu acho que ele fez uma coisa. E já tinha feito isso quando fez o Cash, foi encarnar o personagem, mesmo sem estar em estúdio.

Este gajo cheira-me que poderá ser eterno, isto pode ser a ideia cinematográfica mais original alguma vez feita. Tenho que ver novamente, mas muita coisa indica para que seja algo montado.

A barba, o engordar, o aspecto, a ideia ridícula de querer ser rapper, tudo isso indica que é algo estudado e escrito para representar um actor em decadência, completamente iludido e farto da fama fácil.

São dois anos da vida de uma pessoa...